3 de junho de 2009

Despedida

Este texto foi escrito há quase um ano, mais precisamente em Agosto de 2008. Não gosto muito de partilhar o que escrevo, porque acho que sou demasiado "explícita", mas penso que estas palavras merecem sair "da gaveta".


Só queria ter tido a oportunidade de me despedir de ti… mas essa dádiva, até essa dádiva, tu me negaste, e por isso nunca te vou perdoar…
Hoje escrevo estas palavras, cheias de rancor, dor e saudade para que não mais me esqueça da dor, e para que se um dia ela voar, ter aqui algo para me lembrar do quanto foste cruel.
Esquece que eu existo! Se esqueceste o meu amor, esquece a minha alma e o meu rosto, porque é o que vou fazer com tudo aquilo que foste um dia para mim…
Vou encher uma caixa de recordações, depois fecho-a e vou seguir para a vida. Vou preencher o vazio que deixaste, com tão boas ou melhores recordações do que aquelas que largaste. E se um dia passares por mim, espero nem sequer te reconhecer, porque tu já não és quem foste um dia.
As pessoas podem dizer que era uma ilusão minha, mas eu sei, e tu sabes que não é verdade… que já foste tudo o que foste, mas disso já nem te lembras.
Não quiseste ouvir o meu adeus, não quiseste ouvir a verdade, porque não te quiseste lembrar de quem foste... e tu sabes que eu sempre trouxe o que de mais puro e belo existia em ti, tal e qual como sempre fizeste comigo…
Por isso, ao menos hoje, parto de cabeça erguida e não mais me culpo pelos falhanços e pelos desencontros, porque ao reencontro final, foste tu quem não apareceu…

1 comentário:

  1. Eu sei que quando as coisas saem do coração saem com muita força... mesmo assim está um texto muito "inspirado" apesar de triste :(

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