25 de dezembro de 2009

Dante's Prayer




When the dark wood fell before me
And all the paths were overgrown
When the priests of pride say there is no other way
I tilled the sorrows of stone

I did not believe because I could not see
Though you came to me in the night
When the dawn seemed forever lost
You showed me your love in the light of the stars

Cast your eyes on the ocean
Cast your soul to the sea
When the dark night seems endless
Please remember me

23 de dezembro de 2009

História de Juliette



"Há uma espécie de perversidade que é delicioso alimentar. A natureza atrai-nos para ela... e se a frieza da razão dela nos afasta por um instante, logo a mão da volúpia volta a colocar-nos no seu caminho e, nessa altura, nunca mais conseguimos dela separa-nos."


in História de Juliette - Marquês de Sade

19 de dezembro de 2009

Hora Absurda

O teu silêncio é uma nau com todas as velas pandas...
Brandas, as brisas brincam nas flâmulas, teu sorriso...
E o teu sorriso no teu silêncio é as escadas e as andas
Com que me finjo mais alto e ao pé de qualquer paraíso... ~

Meu coração é uma ânfora que cai e que se parte...
O teu silêncio recolhe-o e guarda-o, partido, a um canto...
Minha ideia de ti é um cadáver que o mar traz à praia...,
e entanto
Tu és a tela irreal em que erro em cor a minha arte...

Abre todas as portas e que o vento varra a ideia
Que temos de que um fumo perfuma de ócio os salões...
Minha alma é uma caverna enchida p'la maré cheia,
E a minha ideia de te sonhar uma caravana de histriões...

(...)

Fernando Pessoa

9 de dezembro de 2009

Resignação


À resignação dormente dos teus braços,
Nas noites solitárias povoadas
Por criaturas imaginárias, me
Atraco, navio fantasma
derivando num vaivém
Líquido de sons inventados pelos dedos
Do pianista que se escondia nas sombras,
Cavalgando a lua e as nuvens
Da tempestade de aplausos,
Tocando, Como fossem teclas,
Cada pétala do meu coração...
E se o pianista lho pedisse,
Bateria o melro
As asas novamente quando pousado nas cordas
Por baixo
Dos limites intentos da minha ilusão?

Alexandre Homem Dual

30 de novembro de 2009

Na lista dos teus fins

Na lista dos teus fins, venho no fim
de uma página nunca publicada,
e é justo que assim seja.
Embora saiba mexer palavras,
e doer de frente,
e tenha esse talento conhecido
de acordar de manhã,
dormir à noite,
e ser, o dia todo, como gente,
nunca curei, como previa, a lepra,
nem decifrei o delicado enigma
da letra morta que nos antecede.
Por muito te querer, talvez pudesses
dar- me um lugar qualquer mais adiante,
despir- te de pudor por um instante
e deixá-lo cobrir-me como um manto.

António Franco Alexandre

28 de novembro de 2009

"O dia em que te esqueci"

«Quando amamos alguém, não perdemos só a cabeça, perdemos também o nosso coração. Ele salta para fora do peito e depois, quando volta, já não é o mesmo, é outro, com cicatrizes novas. Às vezes volta maior, se o amor foi feliz, outras, regressa feito numa bola da de trapos, é preciso reconstruí-lo com paciência, dedicação e muito amor-próprio. E outras vezes não volta. Fica do outro lado da vida, na vida de quem não quis ficar do nosso lado.» - in "O dia em que te esqueci" - M.R- Pinto

14 de novembro de 2009

Não Sei se Isto é Amor

Não sei se isto é amor. Procuro o teu olhar,
Se alguma dor me fere, em busca de um abrigo;
E apesar disso, crê! nunca pensei num lar
Onde fosses feliz, e eu feliz contigo.
Por ti nunca chorei nenhum ideal desfeito.
E nunca te escrevi nenhuns versos românticos.
Nem depois de acordar te procurei no leito
Como a esposa sensual do Cântico dos cânticos.
Se é amar-te não sei. Não sei se te idealizo
A tua cor sadia, o teu sorriso terno...
Mas sinto-me sorrir de ver esse sorriso
Que me penetra bem, como este sol de Inverno.
Passo contigo a tarde e sempre sem receio
Da luz crepuscular, que enerva, que provoca.
Eu não demoro a olhar na curva do teu seio
Nem me lembrei jamais de te beijar na boca.
Eu não sei se é amor. Será talvez começo...
Eu não sei que mudança a minha alma pressente...
Amor não sei se o é, mas sei que te estremeço,
Que adoecia talvez de te saber doente.

Camilo Pessanha, in 'Clepsidra'

9 de novembro de 2009

Future...

"We spend our whole lives worrying about the future, planning for the future, trying to predict the future, as if figuring it out will cushion the blow. But the future is always changing. The future is the home of our deepest fears and wildest hopes. But one thing is certain when it finally reveals itself. The future is never the way we imagined it." Grey's Anathomy

6 de novembro de 2009

Denmark

Há duas semanas, lá fui eu até à Dinamarca. Fiquei em Copenhaga, mas também visitei Aarhus, mais a Norte, se bem que foi uma "visita relâmpago".

Não... não foi só passeio, meus caros. Fui a trabalho, servir de interprete numa reunião... ah pois... a primeira experiência profissional em interpretação consecutiva, e às vezes, até simultânea... não foi fácil, confesso. E percebi muitos dos problemas que ouvi falar, ainda enquanto estudante:)

De resto, ainda deu para passear e conhecer um país novo e uma nova cultura... O mais "chato" foi mesmo ter estado sempre a chover. Uma cidade agradável, mas tipicamente nórdica... muitas bicicletas, muitas mesmo... poucos carros, edíficios lindíssimos e uma lingua que amei o som (já que perceber, népias). Vim com muita vontade de aprender dinamarquês:)

Ah... muitos night clubs, também:) Eheheh... mas tb o meu hotel ficava no "Red District"! À noite até me pareceu calmo, mas de manhã, quando saí para a rua, é que percebi a parte do "Red". Eram só night clubs e sex shops:)

Um dia destes, volto lá... à Dinamarca, claro. A parte do "Red" fica para quem estiver interessado:)

22 de outubro de 2009

Chove...

Chove...
Mas isso que importa!,
se estou aqui abrigado nesta
porta
a ouvir a chuva que cai do céu
uma melodia de silêncio
que ninguém mais ouve
senão eu?

Chove...

Mas é do destino
de quem ama
ouvir um violino
até na lama.

José Gomes Ferreira

19 de outubro de 2009

11 de outubro de 2009

Laranjas no Ar

Cada vez que deixares o medo entrar-te nas tuas veias, ele vai gelar-te o sangue e paralisar-te os nervos, ficas transformada numa estátua de sal e morres por dentro. A vida é uma incógnita, hoje estás aqui, amanhã podes ficar doente, ou cair-te um piano em cima quando fores a andar na rua. Ainda há pessoas que atiram pianos pela janela, sabias? Nunca se sabe como será o dia de amanhã (...) À noite, entre sonhos alterados pelo álcool, tu apareces-lhe na cama e ele volta a sentir o cheiro da tua pele e volta a amar-te com todas as suas forças. Ainda que não acredites, tu viverás para sempre nele, tal como ele vive em ti, na memória das tuas células, num passado que pode ser o teu escudo, mesmo que não seja o teu futuro. Pede-lhe uma resposta para o teu coração. Mais vale saberes que acabou tudo do que viveres com as laranjas todas no ar, qual malabarista exausto, sem saberes nem como nem quando elas vão cair. Mais vale chorar a tristeza de um amor perdido do que sonhar com um oásis que se transformou numa miragem. (...) Mas não fiques quieta, à espera que a vida te traga respostas. A vida é tua, tens de ser tu a vivê-la, não podes deixar que ela passe por ti, tu é que passas por ela. E quando todas as laranjas caírem, apanha-as com cuidado, guarda-as num cesto e muda de profissão. O circo é para quem não tem casa nem país, não é vida para ninguém. Guarda as laranjas num cesto, leva-as para casa e faz um bolo de saudades para esquecer a mágoa. E nunca deixes de sonhar que, um dia, tal como eu, vais encontrar alguém mais próximo e mais generoso, que te ensine a ser feliz, mesmo com todas as pedras que encontrarem no caminho.Larga as laranjas e muda de vida. A vida vai mudar contigo. - M. R. Pinto

1 de outubro de 2009

Sempre

Quando vagueio pelos bosques, pela praia, pela cidade... tu estás sempre comigo...
Onde quer que a brisa me leve... lá estarás tu...
sempre... mesmo na singela recordação, no singelo pensamento.

E estás comigo, mesmo sem estares. Estás ao meu lado... sempre.
Onde quer que eu acorde, onde quer que eu adormeça... aqui ou bem longe daqui...
No meu viver, no meu respirar...

E estarás sempre, por todos os dias que os meus olhos vislumbrarem um novo dia...

What if...

If only we could turn the hands of time...

26 de setembro de 2009

O Diário da Nossa Paixão

Não sei qual o mais belo. Se o filme, se o livro. O filme já vi e revi, o livro devorei em duas noites...


"A razão porque dói tanto separarmo-nos é porque as nossas almas estão ligadas. Talvez sempre tenham estado e sempre o fiquem. Talvez tenhamos vivido milhares de vidas antes desta, e em cada uma nos tenhamos reencontrado. E talvez que em cada uma tenhamos sido separados pelos mesmos motivos.Isto significa que esta despedida é, ao mesmo tempo, um adeus pelos últimos 10.000 anos e um prelúdio ao que virá. Quando olho para ti vejo a tua beleza e graça, e sei que cresceram mais fortes em cada vida que viveste. E sei que gastei todas as vidas antes desta à tua procura. Não de alguém como tu, mas de ti porque a tua alma e a minha tem que andar sempre juntas.E assim, por uma razão que nenhum de nós entende, fomos obrigados a dizer adeus um ao outro. Adoraria dizer-te que tudo correrá bem para nós, e prometo fazer tudo o que poder para garantir que assim será. Mas se nunca nos voltarmos a encontrar e se isto for verdadeiramente um adeus, sei que nos veremos ainda noutra vida. Iremos encontrar-nos de novo, e talvez as estrelas tenham mudado, e nós não apenas nos amemos nesse tempo, mas por todos os tempos que tivemos antes. (...)Volta. Olha-me mais uma vez, dá-me só mais um abraço, beija-me por um segundo que seja. Sorri-me em toda a nossa cumplicidade, mostra-me de novo esse paraíso no teu olhar. Enfeitiça-me ainda com esse perfume só teu, queima-me com os arrepios do teu toque. Faz-me rir, faz-me chorar, faz-me querer partir e não ir. Agarra-me, só para me largares no instante seguinte. Ri-te, chora - mas ri-te e chora comigo. Traz-me de novo sonhos pintados no céu, dá-me só mais uma vez a lua daquela noite, regressa para um único amanhecer apenas.Odeia-me, ama-me; permite-me amar-te, odiar-te, sentir todo um turbilhão demente de emoções. Ignora-me, ouve-me, desaparece e chama-me. Traz-me essa tua voz tímida só mais uma vez. Esquece-me, não me ames... mas volta. Volta."

24 de setembro de 2009

Crime

Na mesa de cabeceira... :)
A história de "Crime" começa num voo para Miami. Nele viaja o detective escocês Ray Lennox acompanhado da noiva, Trudi. Enquanto Lennox tenta combater sucessivas vagas de pânico, ela lê, imperturbável, a Noiva Imperfeita. Em busca de umas férias retemperadoras na Flórida, vão também começar a preparar a festa do casamento que se avizinha. Lennox tem atrás de si uma cura de desintoxicação e o desfecho de uma investigação. Porém a imagem do pedófilo (entretanto capturado) e sobretudo da vítima, que não conseguira salvar, ensombram a sua existência. A luminosidade e o calor impiedosos de Miami vão agravar o sofrimento do detective dilacerando-o ao ponto da ruptura com a namorada. Quando acorda da noite violenta que passou em casa das duas raparigas que conheceu no bar, vê-se a braços com uma tarefa surpreendente, mas talhada para si: resgatar uma criança do poderoso ninho de pedófilia em que ele, Lennox, aterrara involuntariamente na véspera.

21 de setembro de 2009

"Broken Wings"

You always say the things I can believe in
Always say the things I wanna hear
I believe them all - the stories short and tall
I believe you, ya I believe you

You give me love
When love is all I need to live
You gave your word, when words were just superlative
When I was blind, you came and opened up my eyes
Now I feel I can believe in anything
You taught me how to fly on broken wings

You always do the things I can depend on
You're always there every night and day
Everytime i've fallen down - you've always been around
To lift me up again
To set me straight again

Sometimes I find myself on my own
And can't find the road that leads me back home
But you made believe I can do anything
Even fly on broken wings

Bryan Adams

11 de setembro de 2009

Porque é Setembro...

Afinal, porque te escrevo este diário, quando sinto a cada dia que passa que não vais voltar?
(…)
Os dias continuam a correr devagar; às vezes sinto que te estou a esquecer, outros tenho a certeza que a ferida nunca vai fechar. Às vezes penso que nunca mais serás uma pessoa próxima.
(…)
Tudo o que desejo agora é que me saias da pele como as folhas que caem no Outono, e com esse tapete sob meus pés conseguir caminhar sem pisar as pedras.
(…)
Existem outros homens à espera de entrar na minha vida. Nenhum me interessa. Ouço-os falar e lembro-me da tua voz. Observo as mãos deles e são as tuas que vejo. Todos os olhos que me tentam prender se perdem no meu vazio, porque em nenhum vejo os teus olhos. São homens que nem sequer têm sentimentos profundos por mim, apenas querem um bocado do meu tempo ou da minha carne.
(…)
Já não estou à tua espera, quero apenas ficar quieta. (...) A amizade é o amor sem preço nem prazo de validade, por isso aceito sem reservas e sem mágoa qualquer atitude que ele queira tomar, porque sei que a nossa amizade é eterna…
(...)
Tenho muitas saudades tuas.
E saudades do tempo em que confiávamos um no outro e sentíamos que estávamos no mesmo barco, porque mesmo longe, queríamos ajudar, proteger e apoiar o outro em tudo, de uma forma incondicional e total, queríamos amar-nos e dar-nos um ao outro.
Mas tenho ainda mais saudades de me sentir cheia de amor por ti.
Será que não amamos os outros pelo que são, mas por tudo o que nos fazem sentir?
Sempre quis ser a pessoa que fui quando estava contigo, tu sabias, sem saber, exaltar o meu lado melhor, mais profundo, mais elevado, mais optimista.
Sentia-me bela, segura, serena e perfeita a teu lado.
Sentia-me completa, e é na plenitude que se pode encontrar a felicidade.
(…)
Nunca vemos o amor chegar; só o vemos a ir-se embora.
Estou numa estação de comboios, sentada num banco de pau, completamente só.
Perdi o teu comboio e não quero apanhar nenhum outro.
Está frio.
Um vento seco e cortante faz com que me encolha como um bicho-de-conta.
Já não há sonho, já não há dádiva, os dias voltaram a ser cinzentos e tristes.
Agora são todos iguais, sempre iguais.
Trabalho, respiro, durmo e como o melhor que posso e sei, e tento esquecer-te.
Deixei de falar de ti e de dizer o teu nome, deixei de o desenhar no espelho da casa de banho, quando o vapor inunda todas as superfícies.
Em vez disso, tenho o coração embaciado de dúvidas e o olhar desfocado pelo absurdo do teu silêncio continuado, o olhar de quem aprende a adaptar-se a uma luz desconhecida, a uma nova realidade.
(…)
Até lá, e porque a vida nunca é como a imaginamos, espero por ti sem esperar, sonhando que aquilo que desejo, se for bom para mim e o melhor para o mundo, se realize, e a tua ausência seja apenas uma etapa… (…)
Diário da tua ausência - Margarida Rebelo Pinto

2 de setembro de 2009

Marley & Me


Há algum tempo que andava para ver... Vi hoje... e que posso eu, que amo incondicionalmente animais e pricipalmente cães, dizer... Lindo... um autêntico hino ao amor pelos nossos melhores amigos, aqueles que, independentemente de tudo, serão sempre, sempre fiéis.


"A dog has no use for fancy cars, big homes, or designer clothes. A water log stick will do just fine. A dog doesn’t care if your rich or poor, clever or dull, smart or dumb. Give him your heart and he’ll give you his. How many people can you say that about? How many people can make you feel rare and pure and special? How many people can make you feel extraordinary?"


Um cão não vê utilidade em carros de luxo, casas grandes, ou roupas de marca. Um pau molhado serve-lhe perfeitamente. Um cão não liga se somos ricos ou pobres, inteligentes ou aborrecidos, espertos ou burros. Se lhe dermos o coração, ele dar-nos-á o dele. De quantas pessoas podemos dizer o mesmo? Quantas pessoas conseguem fazer-nos sentir raros, puros e especiais? Quantas pessoas conseguem fazer-nos sentir extraordinários?

31 de agosto de 2009

Redes sociais "envenenam" relações

Redes sociais capazes de «envenenar» relações
Estudo revela que Facebook cria ciúmes e aumenta tensão entre casais

2009-08-27

http://www.cienciahoje.pt/index.php?oid=34451&op=all

Que ‘a curiosidade matou o gato’ já se sabia. Porém, a curiosidade aliada às redes sociais que proliferam na Internet pode contribuir para ‘matar’ as relações. Um estudo do Departamento de Psicologia da Universidade de Guelph, no Canadá, revela que o Facebook pode provocar situações graves de ciúmesO funcionamento da maior parte das redes sociais – como Facebook, Hi5, Myspace, Netlog, etc. – é quase sempre semelhante e implica uma actualização frequente de cada participante que no seu espaço é impelido a colocar, entre muitas coisas, fotografias, imagens, dados pessoais, interesses, partilhando-o com ‘amigos’ que podem ver e comentar essas informações. Porém, esse fluxo contínuo de informação desperta a curiosidade e pode levar a más interpretações. "O Facebook permite o acesso a informação a que de outra forma não acederíamos e essa informação carece muitas vezes de contexto", explica Amy Muise, uma das autoras do estudo. É que um comentário banal sobre o perfil de um participante feito por um contacto do sexo oposto pode despertar a suspeita no seu parceiro que passa a acompanhar aquela página, qual espião, só para encontrar mais informações. As redes sociais acabam assim por expor os seus participantes ao que a investigadora considera serem “detonadores de ciúmes” já que se vêm envolvidos numa “espiral de desconfiança”. O estudo, que envolveu 308 estudantes universitários entre os 17 e 24 anos, mostrou que os sentimentos de insegurança sobre o parceiro podem causar comportamentos curiosos sendo o Facebook o acesso fácil a essa informação.Privacidade Um grupo de cinco utilizadores do Facebook na Califórnia apresentou este mês uma acção contra a rede social, alegando que viola as leis de privacidade daquele estado ao divulgar informações pessoais sobre os seus participantes sem os informar devidamente. Não é a primeira vez que o Facebook está a enfrentar queixas ou críticas pela forma como lida com dados privados, o que levou a empresa no início deste ano a alterar as suas regras de utilização, dando aos utilizadores mais controlo sobre a sua privacidade.

30 de agosto de 2009

"No teu deserto"

"Hoje já ninguém vai ao nosso deserto, Cláudia. Os fundamentalistas islâmicos, como os de Laghouat, tornaram-se sanguinários e incontroláveis e os próprios tuaregues revoltaram-se contra o poder de Argel.Mas a razão principal nem é essa. A razão principal é que já não há muita gente que tenha tempo a perder com o deserto. Não sabem para que serve e, quando me perguntam o que há lá e eu respondo "nada", eles riscam mentalmente essa viagem dos seus projectos. Viajam antes em massa para onde toda a gente vai e todos se encontram. As coisas mudaram muito, Cláudia! Todos têm terror do silêncio e da solidão e vivem a bombardear-se de telefonemas, mensagens escritas, mails e contactos no Facebook e nas redes sociais da Net, onde se oferecem como amigos a quem nunca viram na vida. Em vez do silêncio, falam sem cessar; em vez de se encontrarem, contactam-se, para não perder tempo; em vez de se descobrirem, expõem-se logo por inteiro: fotografias deles e dos filhos, das férias na neve e das festas de amigos em casa, a biografia das suas vidas, com amores antigos e actuais. E todos são bonitos, jovens, divertidos, "leves", disponíveis, sensíveis e interessantes. E por isso é que vivem esta estranha vida: porque, muito embora julguem poder ter o mundo aos pés, não aguentam nem um dia de solidão. Eis porque já não há ninguém para atravessar o deserto. Ninguém capaz de enfrentar toda aquela solidão."

Miguel Sousa Tavares - No teu deserto

14 de agosto de 2009

Rui Veloso em Olhão

Foi... penso eu, o meu 5º concerto de Rui Veloso. Ainda me lembro do primeiro... quando eu tinha... uns 10 anos, acho:)
Sempre achei todos fantásticos, mas este foi mto especial.
Festival do Marisco, 13 de Agosto de 2009. Um alinhamento sensacional.

Grde Rui Veloso e grde banda!


27 de julho de 2009


As Obras Completas de William Skakespeare em 97 Minutos
E lá fui... pela 4ª vez (num ano, apenas) ver a peça de teatro mais antiga em Portugal. 12 anos em cena é obra!:) Sim, talvez possa dizer que já é um caso de "vício", ao qual também aderi;)
Com João Carracedo, Simão Rubim e Manuel Mendes, no Teatro Estúdio Mário Viegas, Lisboa.
Desta vez, acompanhada pela minha amiga Sandra, foi mais um belo serão! Ainda por cima ficámos na primera fila... um espectáculo!:)

Recomendo vivamente!!! Nem sabem o que perdem:)


17 de julho de 2009

Bon Jovi

... E hoje... um tributo ao grande Jon Bon Jovi!:)


"... and I know nothing good comes easy, and all good things take some time..."



"I want to lay you down on a bed of roses, for tonite I sleep on a bed on nails..."

7 de julho de 2009

Walk on...

"And love is not the easy thing (...)
The only baggage you can bring
Is all that you can't leave behind..."

1 de julho de 2009

Sr.Shakespeare sabe das coisas...

"Depois de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começas a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. Acabas por aceitar as derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. E aprendes a construir todas as tuas estradas de hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão. Depois de algum tempo aprendes que o sol queima se te expuseres a ele por muito tempo. Aprendes que não importa o quanto tu te importas, simplesmente porque algumas pessoas não se importam... E aceitas que apesar da bondade que reside numa pessoa, ela poderá ferir-te de vez em quando e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar dores emocionais. Descobres que se leva anos para se construir a confiança e apenas segundos para destruí-la, e que poderás fazer coisas das quais te arrependerás para o resto da vida. Aprendes que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias. E o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens na vida. E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher. Aprendes que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebes que o teu melhor amigo e tu podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobres que as pessoas com quem tu mais te importas são tiradas da tua vida muito depressa, por isso devemos sempre despedir-nos das pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos. Aprendes que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começas a aprender que não te deves comparar com os outros, mas com o melhor que podes ser. Descobres que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que se quer ser, e que o tempo é curto. Aprendes que, ou controlas os teus actos ou eles te controlarão e que ser flexível nem sempre significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, existem sempre os dois lados. Aprendes que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer enfrentando as consequências. Aprendes que paciência requer muita prática. Descobres que algumas vezes a pessoa que esperas que te empurre, quando cais, é uma das poucas que te ajuda a levantar. Aprendes que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que tiveste e o que aprendeste com elas do que com quantos aniversários já comemoraste. Aprendes que há mais dos teus pais em ti do que supunhas. Aprendes que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são disparates, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprendes que quando estás com raiva tens o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobres que só porque alguém não te ama da forma que desejas, não significa que esse alguém não te ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes tens que aprender a perdoar-te a ti mesmo. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, poderás ser em algum momento condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços o teu coração foi partido, o mundo não pára para que tu o consertes. Aprendes que o tempo não é algo que possa voltar para trás. Portanto, planta o teu jardim e decora a tua alma, ao invés de esperares que alguém te traga flores. E aprendes que realmente podes suportar mais...que és realmente forte, e que podes ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que tu tens valor diante da vida!”

William Shakespeare

18 de junho de 2009

Green God

Lindo poema de Eugénio de Andrade. Não conhecia... ouvi hoje, e fiquei simplesmente maravilhada... deixo aqui, para partilhar convosco... Ao "Deus Verde" ... porque, às vezes, os deuses existem;)

Trazia consigo a graça
das fontes quando anoitece.

Era o corpo como um rio
em sereno desafio
com as margens quando desce.

Andava como quem passa
sem ter tempo de parar.
Ervas nasciam dos passos,
cresciam troncos dos braços
quando os erguia no ar.

Sorria como quem dança.
E desfolhava ao dançar
o corpo, que lhe tremia
num ritmo que ele sabia
que os deuses devem usar.

E seguia o seu caminho,
porque era um deus que passava.
Alheio a tudo o que via,
enleado na melodia
duma flauta que tocava.

Eugénio de Andrade em «As Mãos e os Frutos», 1948

17 de junho de 2009

Momentos de reflexão...


11 de Junho 2009 - Costa da Caparica

Caminhada ao pôr-do-sol ... quente... deslumbrante... mágico... mas triste e nostálgico...

Há pouco tempo vi no programa Bairro Alto da RTP2 o dramaturgo e tradutor José Maria Vieira Mendes. Deixo aqui algo da sua autoria que acho simplesmente fantástico... combina com a foto, pelo menos, é essa a minha opinião....


Começar.
O que eu gostava é de outra voz antes de mim
antes de tudo
sem princípio
uma voz que me preceda
milenar
que essa voz me leve é o que eu quero
uma voz que me carregasse às costas a meio de uma frase e não me obrigasse a
começar, a nascer
a dar início à história
que me aliviasse de pensar o princípio
e também o fim
claro
porque sempre o fim e o princípio
o antes, o depois
acho eu
parece-me
sim. Aborrecido. Sim.
Mas se ao menos uma voz.


José Maria Vieira Mendes, Aos Peixes

9 de junho de 2009

Qual é o sexo do seu cérebro?

Eis algo deveras interessante que encontrei hoje nas minhas "navegações":) Não se pode estar sempre a ver poemas e textos melancólicos, no hi5 ou no Facebook:)

As diferenças no corpo de homens e mulheres estão além da aparência e dos órgãos sexuais. A ciência detectou que até o cérebro apresenta características femininas ou masculinas. Essa diferença neurológica gera diferenças de comportamentos, sentimentos e modos de pensar entre homens e mulheres. Você consegue saber se seu amigo está triste ou irritado só de olhar para ele? Essa é uma característica de um cérebro feminino. Mas um homem também pode ter essa sensibilidade e outros comportamentos geralmente ligados a um cérebro feminino. Isso porque a sexualidade cerebral não está ligada diretamente ao sexo do corpo. “O sexo do cérebro é determinado pela quantidade de testosterona [hormônio masculino] a que o feto fica exposto no útero. Em geral, homens recebem doses maiores do que as mulheres. Mas isso varia e nós ainda não sabemos exatamente por quê”, diz a ÉPOCA a neuropsicologista Anne Moir, da Universidade de Oxford, na Inglaterra.
(...)
Moir acredita que a diferença de sexo entre cérebro e corpo pode estar ligada às causas do homossexualismo. “Se a concentração de testosterona no útero está mais baixa do que o padrão para os homens, então o 'centro sexual' do cérebro será feminino e esse homem sentirá atração por outros homens. Se a concentração desse hormônio estiver alta, o 'centro sexual' será masculino e ele sentirá atração por mulheres”, diz Moir.
Façam o teste, é só ir à página.
Ah... tive 13 pontos.. tenho um cérebro feminino, mas não extremamente feminino:)

7 de junho de 2009

Sugestão


"Foi um processo longo e difícil, como sempre o são as aproximações entre duas pessoas habituadas a estarem sozinhas.
Primeiro parece fácil, é o coração que arrasta a cabeça, a vontade de ser feliz que cala as dúvidas e os medos. mas depois é a cabeça que trava o coração, as pequenas coisas que parecem derrotar as grandes, um sufoco inexplicável que parece instalar-se onde dantes estava a intimidade.
É preciso saber passar tudo isso e conseguir chegar mais além, onde a cumplicidade - de tudo, o mais difícil de atingir - os torna verdadeiramente amantes".

“…E a tua voz ouço-a agora, vinda de longe, como o som do mar imaginado dentro de um búzio. Vejo-te através da espuma quebrada na areia das praias, num mar de Setembro, com cheiro a algas e a iodo. E de novo acredito que nada do que é importante se perde verdadeiramente. Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu para sempre.”
Miguel Sousa Tavares
Não te deixarei morrer, David Crockett
Dois excertos da minha última leitura. Nunca tinha lido nada de Miguel sousa Tavares, mas gostei do que li neste livro. Uma leitura clara, límpida que vai deixando aqui e ali algumas frases para reflectirmos. Recomendo!

4 de junho de 2009

Quiet Nights - Diana Krall

Já adoro Diana Krall há alguns anos mas este último álbum "Quiet Nights" supera tudo. Desde uma versão de "Girl from Ipanema", a uma música cantada em português... é daqueles cds para ouvir num final de tarde ou numa noite calma e mágica, com um bom copo de tinto e com a companhia ideal... ou mesmo sozinha:) Recomendo vivamente!

Fica aqui um video acerca do novo álbum de Diana Krall. Escolhi a versão não legendada, já que detesto as legendas em brasileiro... Não me levem a mal, mas isto de ser tradutora, dá nisto;) Quem quiser ver com legendas, é só dar um saltito ao Youtube. Enjoy it!

*** E parece q fui "tramada" e a versão sem legendas foi removida:( Bem, só me resta deixar a legendada...

3 de junho de 2009

A minha "estreia"

Há uns anos atrás, dei por mim, nas inúmeras vezes que ia ao cinema, a pensar e a dizer a quem estava ao meu lado, que um dia seria o meu nome que iria aparecer nos créditos de "Tradução e Legendagem". Entretanto, pelo caminho, houve uma licenciatura em Ensino Básico - 1º Ciclo, mas como o que tem de ser, tem mesmo de ser, um novo curso iniciei, e desta vez, aquele que me fez ver e sentir o que realmente queria fazer para o resto da minha vida...
No dia 19 de Novembro de 2008, o sonho realizou-se. Não numa sala de cinema (por enquanto), mas na TV, onde o nome Verónica Murta apareceu por baixo de Tradução e Legendagem. É difícil transpôr em palavras o que senti, e o que sinto ainda hoje, sempre que vejo... as paixões são assim... apaixonei-me pela tradução e pela legendagem... e apesar de não acreditar em amores eternos, espero e acho que este será para toda a vida...

Despedida

Este texto foi escrito há quase um ano, mais precisamente em Agosto de 2008. Não gosto muito de partilhar o que escrevo, porque acho que sou demasiado "explícita", mas penso que estas palavras merecem sair "da gaveta".


Só queria ter tido a oportunidade de me despedir de ti… mas essa dádiva, até essa dádiva, tu me negaste, e por isso nunca te vou perdoar…
Hoje escrevo estas palavras, cheias de rancor, dor e saudade para que não mais me esqueça da dor, e para que se um dia ela voar, ter aqui algo para me lembrar do quanto foste cruel.
Esquece que eu existo! Se esqueceste o meu amor, esquece a minha alma e o meu rosto, porque é o que vou fazer com tudo aquilo que foste um dia para mim…
Vou encher uma caixa de recordações, depois fecho-a e vou seguir para a vida. Vou preencher o vazio que deixaste, com tão boas ou melhores recordações do que aquelas que largaste. E se um dia passares por mim, espero nem sequer te reconhecer, porque tu já não és quem foste um dia.
As pessoas podem dizer que era uma ilusão minha, mas eu sei, e tu sabes que não é verdade… que já foste tudo o que foste, mas disso já nem te lembras.
Não quiseste ouvir o meu adeus, não quiseste ouvir a verdade, porque não te quiseste lembrar de quem foste... e tu sabes que eu sempre trouxe o que de mais puro e belo existia em ti, tal e qual como sempre fizeste comigo…
Por isso, ao menos hoje, parto de cabeça erguida e não mais me culpo pelos falhanços e pelos desencontros, porque ao reencontro final, foste tu quem não apareceu…

Pablo Neruda

Muere lentamente
Pablo Neruda

Muere lentamente quien se transforma en esclavo del hábito, repitiendo todos los días los mismos trayectos, quien no cambia de marca, no arriesga vestir un color nuevo y no le habla a quien no conoce.
Muere lentamente quien evita una pasión, quien prefiere el negro sobre blanco y los puntos sobre las "íes" a un remolino de emociones, justamente las que rescatan el brillo de los ojos, sonrisas de los bostezos, corazones a los tropiezos y sentimientos.
Muere lentamente quien no voltea la mesa cuando está infeliz en el trabajo, quien no arriesga lo cierto por lo incierto para ir detrás de un sueño, quien no se permite por lo menos una vez en la vida, huir de los consejos sensatos.
Muere lentamente quien no viaja, quien no lee, quien no oye música, quien no encuentra gracia en sí mismo.
Muere lentamente quien destruye su amor propio, quien no se deja ayudar.
Muere lentamente, quien pasa los días quejándose de su mala suerte o de la lluvia incesante.
Muere lentamente, quien abandona un proyecto antes de iniciarlo, no preguntando de un asunto que desconoce o no respondiendo cuando le indagan sobre algo que sabe.
Evitemos la muerte en suaves cuotas, recordando siempre que estar vivo exige un esfuerzo mucho mayor que el simple hecho de respirar.
Solamente la ardiente paciencia hará que conquistemos una espléndida felicidad.

Quando se ama alguém...


"Quando se ama alguém (…) o verbo esperar torna-se tão imperativo como o verbo respirar.
E aprendemos a respirar na espera e a viver nela…” - Margarida Rebelo Pinto

O Filme

Primeira partilha de experiência... Um filme de 1986, com Sean Penn... dos primeiros filmes que me recordo de ver, devia ter os meus 10 anos. Lembro-me de o ver e rever com uma grande amiga... A fita já estava cansada... ainda era nos tempos do VHS. Há um ano atrás comprei o DVD e foi também o meu trabalho final da cadeira de legendagem... é daqueles que ficarão para sempre... recomendo. Um grande filme!

The Beginning...

Criar um blog já era um projecto antigo... hoje, nem sei porquê, finalmente, arranjei "forças" e joguei mãos à obra:)
A primeira dor de cabeça: O título para o blog. "O Meu Fantasma Perfumado". Devem estar a pensar porquê e quem será ele... se querem que vos diga, acho que ele existe mas ainda não cheguei à conclusão se já o conheço ou não, e se nos vamos encontrar ou reencontrar alguma vez na vida... Mas divagações à parte, a inspiração veio apenas de uma frase que li algures, já nem me lembro onde e não frisava o autor: "Mais vale suar do que passar pela vida como um fantasma perfumado!" - achei que me assentava como uma luva... Está explicado, para os mais curiosos.
Agora, as dores de cabeça seguintes são escolher o que vou publicar... toneladas de ideias, experiências, gostos, textos, frases, poesias... tanta coisa para escolher, prometo que irei tentar ser o mais selectiva possível. Bem-Vindos!

Green God

Trazia consigo a graça das fontes, quando anoitece. Era o corpo como um rio em sereno desafio com as margens, quando desce. Andava co...