7 de fevereiro de 2010

Os Fihos do Albatroz

"Ele acordou livre, mas ela não.
O desejo dele tinha atinjido um fim, como um certeiro golpe de sabre que provoca o saber e não a morte.
Ela sentia-se impregenada.
Tinha mais dificuldade em mudar de posição, sem separar-se, em virar as costas.
O seu corpo esta cheio de retenções, resíduos, sentimentos.
Assim que acordava, ele entrava noutro mundo. Quanto mais tempo permanecia nas ondas revoltas e envolventes, maior era a sua energia para retomar a actividade.
(...)
Lilian acordava presa, como que carregada com a semente dele, perguntando-se quando é que ele se iria retirar dela por inteiro como uma planta que se arranca pela raíz, deixando uma fenda na terra." - Anais Nin

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